Rua da Pátria, 569 Jaquirana/RS

  • (54) 3253-1096
  • (54) 99974-3340

José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br

Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br

Valor das ações no mundo caiu 37% em agosto

Fonte: Valor Econômico
Stacy-Marie Ishmael O volume de negociação de ações e derivativos nos mercados mundiais caiu de forma acentua­da em agosto, afetado pela redu­ção das operações de fundos hedge e bancos de investimento. O declínio aumenta os receios de que a menor liquidez no merca­do possa estar exacerbando as oscilações de preço. O valor das ações negociadas em bolsas mundiais no mês passado caiu 37% em relação ao mesmo perío­do de 2007, enquanto o volume negociado de contratos de deri­vativos recuou 21%, de acordo com pesquisa do Citigroup. "Definitivamente, vimos um de­clínio no volume de ações e deriva­tivos e o motivo disso é tríplice", afirmou o analista Mamoun Tazi, da MF Global e especialista em bol­sas. "Os grandes participantes não estão tão ativos, o apetite por risco diminuiu e o ano passado foi sim­plesmente excepcional." No terceiro trimestre passado, durante a primeira onda de deslo­camentos no sistema financeiro global, as negociações dispararam com os investidores confusos para posicionar-se de forma a lidar com o que era, então, uma leve crise das hipotecas de baixa qualidade. Agosto de 2007 teve o segundo maior volume mensal de ações ne­gociadas na história, com US$ 9,3 trilhões, e o maior de derivativos, com 1,27 bilhão de contratos tro­cando de mãos, segundo dados do Citigroup. Agora, com 12 meses de crise, a situação é bem diferente. Os bancos de investimentos redu­ziram as operações de negociação de recursos próprios e os fundos de hedge não gozam mais de aces­so fácil a crédito. "Os fundos de hedge negociam menos porque não conseguem alavancagem, já que os bancos de investimento es­tão com falta de capital para emprestar-lhes", afirmou o analista Daniel Garrod, do Citigroup. Os receios de que os investidores come­çarão a pedir o dinheiro de volta também estimulam alguns fundos hedge a conservar seu dinheiro. Analistas dizem que a relativa ausência de grandes participan­tes no mercado aprofunda as os­cilações de preços. "Mercados magros exageram as variações de preço e isso vale tanto para ações quanto para de­rivativos", observou um analista de um banco de investimento dos Estados Unidos. O volume de ações negociadas mundialmente encolheu para US$ 5,8 trilhões em agosto, menor patamar mensal desde dezembro de 2006, segundo o Citi. A retração na negociação de ações atingiu a Ásia com mais força, especialmen­te Xangai. O volume na bolsa local diminuiu 78% em comparação ao mesmo mês de 2007. O valor das ações negociadas na América re­cuou no mês passado pela primei­ra vez desde que o Citigroup começou a pesquisar os dados em janei­ro de 2003. O declínio no continente foi de 29%.