José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Em 2010, não deve haver superaquecimento da economia, diz Serasa
O menor ritmo nas concessões, acreditam os analistas, se deve ao aumento do endividamento, que deverá ser maior que o crescimento da renda dos consumidores.
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva Econômica, que antevê, em um horizonte de seis meses, em que patamar se encontrará a economia brasileira, registrou queda de 0,17% em outubro deste ano, atingindo o valor de 100,1. Esta é a segunda queda mensal consecutiva.
De acordo com a Serasa, os indicadores oscilam em torno de 100 há cinco meses, o que indica que a diferença entre o PIB efetivo e o PIB potencial - hoje negativo na casa de 1% - deve zerar entre o final do quarto trimestre de 2009 e o início primeiro trimestre de 2010.
Os analistas ainda afirmam que o resultado do indicador aponta que não deve se configurar um eventual cenário de superaquecimento da economia, ao menos não até o final do primeiro semestre de 2010, o que reduz as chances de presenciarmos um novo ciclo de aperto monetário.
Superaquecimento
Os técnicos da Serasa também acreditam que entre os fatores que devem evitar um superaquecimento da economia estão: a elevação das taxas de juros de longo prazo nos mercados futuros e alguma desaceleração no ritmo das concessões reais de crédito aos consumidores.
O menor ritmo nas concessões, acreditam os analistas, se deve ao aumento do endividamento, que deverá ser maior que o crescimento da renda dos consumidores.
Sobre a pesquisa
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva pretende antever, em um período de seis meses, em que fase do ciclo estarão algumas variáveis econômicas, como atividade econômica, concessões reais de crédito aos consumidores e às empresas, e inadimplência da pessoa física e jurídica.