José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Inflação tem maior nível desde 2003
1,34 por cento foi o IPC apurado pela Fipe em São Paulo.
Maiores preços de alimentos, ônibus e mensalidades escolares aceleraram a inflação percebida pelo consumidor de São Paulo em janeiro para o maior patamar desde o início de 2003. De acordo com dados divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,34% no primeiro mês de 2010, seguindo a alta de 0,18% em dezembro. Foi a maior taxa mensal desde fevereiro de 2003, quando a inflação atingiu 1,61%.
Os preços do grupo alimentação subiram 1,52% em janeiro, seguindo a queda de 0,24% em dezembro. Foi a maior variação mensal desde junho de 2008, acarretada pelo clima que prejudicou a colheita de produtos in natura.
Outra pressão típica do começo do ano vem do reajuste das mensalidades escolares, que elevou os custos do grupo educação em 4,42% em janeiro, a alta mais forte desde janeiro do ano passado, ante 0,1% em dezembro.
O aumento da tarifa de ônibus em São Paulo também pesou sobre o índice do mês. Os preços de transportes saltaram 4,58% – a maior alta desde dezembro de 2006.
Projeção – O coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, afirmou que o cenário de forte taxa de inflação observado em São Paulo não tende a ser repetido ao longo de 2010. Para ele, o indicador tende a voltar para níveis mensais em torno de 0,3%.
Se fossem somadas a taxa de 1,34% de janeiro, a expectativa de 0,6% de Comune para fevereiro e os resultados em torno de 0,3% que ele aguarda para a inflação a partir de março, a taxa acumulada em 2010 ficaria muito próxima do nível de 5%.
Mesmo com este cenário, o coordenador do IPC preferiu manter a previsão oficial da Fipe em 4,5%. No entanto, para a inflação paulistana neste ano, não descartando totalmente a possibilidade de uma taxa de 5% e colocando um viés de alta, indicando que, no momento, é forte a possibilidade de o indicador ultrapassar o resultado de 4,5%.