José Claudio Pereira
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Setor de franquias prevê crescimento de 15% para 2010, diz ABF
No ano passado, o setor de franchising faturou R$ 63 bilhões
O setor de franquias prevê alta entre 15% e 16% no faturamento em 2010, segundo levantamento realizado e divulgado na quarta-feira (3) pela ABF (Associação Brasileira de Franchising).
A pesquisa apontou também que, em números de novas marcas, a expectativa é de crescimento de 10% a 12%, enquanto em números de unidades a variação pode ficar entre 8% e 10%.
“Com tantos pontos inaugurados no ano passado, é natural que o faturamento aumente ainda mais esse ano”, explica o diretor executivo da ABF, Ricardo Camargo. Ele afirma ainda que as microfranquias, negócios de até R$ 50 mil de investimento, e a exploração de novas cidades são apostas do setor para 2010.
Faturamento em 2009
No ano passado, o setor de franchising faturou R$ 63 bilhões, o que representa uma alta de 14,7% em relação a 2008. No período, foram abertas 264 novas redes, uma expansão de 19,1%, totalizando 1.643 redes. Já o número de unidades passou de 71.954 para 79.988, o que representa alta de 11%.
Para ABF, os principais responsáveis pelo crescimento do setor foram o aumento das unidades e redes, bem como do poder de compra das classes B e C. “O ritmo de inauguração de centros de compras e a exploração de regiões praticamente inexploradas garantiram o ritmo de crescimento em quase todas as áreas de atuação das franquias”, disse Camargo.
Em relação à abertura de novos postos de trabalho, foram registradas 72 mil contratações. Atualmente, o setor é responsável por mais de 700 mil empregos diretos.
Setores que mais cresceram
Em 2009, os segmentos de franquias que mais cresceram em faturamento foram o de Acessórios Pessoais e Calçados, registrando aumento de 41,2%, em comparação com 2008, seguido pelo setor de Vestuário, com alta de 37,5%, e Informática e Eletrônicos (28,9%).
Já em ampliação das redes, destacaram-se o setor de Hotelaria e Turismo, que expandiu 33,3%, Acessórios Pessoais (30,7%) e Veículos (23,5%). Em número de unidades, o segmento de Acessórios Pessoais e Calçados foi novamente o que mais cresceu, com 23,5%, seguido pelo de Alimentação, com 22,3%, e pelo de Móveis Decoração e Presentes, com 21,8%.
A expansão internacional também aumentou no ano passado, contabilizando 65 redes nacionais que já operam no exterior. “A exportação de produtos e marcas agregam valor à balança comercial do País e, por isso, é foco do governo federal. Para as redes, as oportunidades geradas nos últimos anos estão se traduzindo em negócios”, finaliza Camargo.