José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br
Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br
Poupança teve melhor saldo para mês de maio desde o Real
Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que no mês passado os depósitos superaram os saques na poupança em R$ 2,12 bilhões.
Depósitos superaram saques nas cadernetas em R$ 2,12 bilhões e relação foi positiva pelo 13º mês seguido
O crescimento da economia tem colaborado para que muitos brasileiros terminem o mês com dinheiro para poupar. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que no mês passado os depósitos superaram os saques na poupança em R$ 2,12 bilhões. Foi o melhor maio desde o início do Plano Real e o 13.º mês consecutivo em que as aplicações foram maiores que as retiradas. O resultado foi 25% maior que o de abril e 12,8% superior ao registrado há um ano, em maio de 2009.
O relatório mensal do BC mostra que clientes depositaram R$ 95,9 bilhões nas cadernetas no decorrer de maio. Boa parte do valor, no entanto, foi retirada no próprio mês, o que impede o rendimento dos depósitos que precisam ficar 30 dias para receber juros. Ao todo, os saques somaram R$ 93,7 bilhões. Os depósitos antigos - até abril - renderam R$ 1,57 bilhão. No último dia de maio, o total das contas existentes era de R$ 334,87 bilhões.
"O crescimento da economia tem aumentado a renda e o número de empregados, o que cria condições para o aumento da poupança, principalmente entre os clientes de menor renda", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Ele observa que a expansão da atividade aliada à inflação sob controle tem dado a muitos clientes de classes menos favorecidas a chance de fazerem uma poupança pela primeira vez na vida.
Além de serem muito populares até mesmo entre os clientes com pouca familiaridade com o sistema bancário, as cadernetas têm como vantagem a isenção do Imposto de Renda e da taxa de administração, que são cobrados nos fundos, diz Colombo.
Para o especialista, a expectativa de trajetória de alta do juro básico da economia, a Selic, deve reduzir a atratividade das cadernetas nos próximos meses.