José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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BC: juro do cheque especial cai para 160,3% ao ano
Juro do cheque especial cai para 160,3% ao ano.
Na contramão do mercado, a taxa de juros do cheque especial caiu em maio. Dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC) mostram que a taxa de juros do cheque especial caiu 1 ponto porcentual, de abril para maio, passando de 161,3% para 160,3% ao ano.
Nos 12 meses encerrados em maio, os juros do cheque especial caíram 7,5 pontos porcentuais. No ano, até o mês passado, os juros deste tipo de empréstimo subiram 1,2 ponto porcentual.
Já os juros do crédito pessoal aumentaram 0,1 ponto porcentual, de 42,9% para 43% ao ano, de abril para maio. No período, os juros para aquisição de veículos subiu 1,3 ponto porcentual, passando de 23,5% para 24,8% ao ano.
Crédito livre
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou que o crédito livre teve crescimento de 2,3% em junho até o dia 10 (sete dias úteis), em comparação com os sete primeiros dias úteis de maio. O crédito para pessoa física nessa comparação cresceu 2,2% e o para pessoa jurídica aumentou 2,4%.
Em relação às taxas de juros e aos spreads bancários, Altamir informou que os dados parciais mostram estabilidade ante o fechamento de maio, mas ponderou que os números estão sujeitos a mudanças ao longo do mês. A taxa de juros do crédito livre ficou em 34,9% em maio, com a pessoa jurídica, em média, pagando juros de 27% ao ano e a pessoa física, de 41,5% ao ano.
Já o spread bancário médio no crédito livre ficou em 23,9 pontos porcentuais, com a pessoa jurídica com spread de 16,9 pontos e a pessoa física com 29,5 pontos. O spread representa a diferença entre a taxa paga pelos bancos, para captar recursos, e a taxa efetivamente cobrada de consumidores e empresas em operações de crédito.
Expansão do crédito
Altamir Lopes informou que manteve sua projeção de crescimento de 20% do estoque de crédito no Brasil em 2010, com o saldo chegando a 48% do Produto Interno Bruto (PIB). Antes, o BC considerava que a relação entre crédito e PIB chegaria ao fim do ano em 49%, com os mesmos 20% de expansão. O número foi reduzido por causa da divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2010, que mostrou crescimento maior da economia brasileira.