José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Dólar cai a R$ 1,65, menor patamar em mais de dois anos
O dólar comercial fechou na mínima do dia, a R$ 1,6520, baixa de 0,84%, perdendo 2% do valor em apenas três dias.
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, divulgada na terça-feira, sinalizando uma nova rodada de estímulos para reanimar a economia dos EUA no mês que vem enfraqueceu ainda mais o dólar no mercado internacional e, claro, ante o real. Os investidores migraram do dólar para ações e commodities e a divisa norte-americana carimbou a sua menor cotação em mais de dois anos (desde 1º de setembro de 2008) perante o real, reagindo também ao contínuo fluxo financeiro positivo para o País. O dólar comercial fechou na mínima do dia, a R$ 1,6520, baixa de 0,84%, perdendo 2% do valor em apenas três dias. Além da expectativa de uma nova ação do Fed nos EUA, uma série de boas notícias vindas do exterior favoreceram o apetite ao risco, como os balanços trimestrais favoráveis da Intel e do JPMorgan, o crescimento das importações de petróleo e minério de ferro pela China e dados melhores do que o esperado sobre a produção industrial na zona do euro.
As bolsas norte-americanas engataram o quarto pregão consecutivo de ganhos e por um triz a Bovespa não retomou durante o dia os 72 mil pontos. Fechou em alta de 1,03%, em 71.674.90 pontos, impulsionada adicionalmente pelas ações do setor de construção, que subiram em bloco.
A expectativa de acirramento da disputa presidencial agitou o mercado de juros futuros, cujas taxas, sobretudo as longas, tombaram à tarde, acompanhadas de aumento do volume negociado, após uma manhã sem direção firme. O contrato de janeiro de 2012 caiu de 11,41% para 11,34%.