José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Leve recuo no otimismo
Índice diminui em outubro mas expectativa do consumidor continua positiva.
O otimismo do consumidor recuou 1,3% em novembro na comparação com outubro, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dessa queda, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) permaneceu em patamar elevado, aos 119,1 pontos, um nível acima da média histórica. O Inec possui base fixa de 100 pontos, sendo que os resultados acima desse valor indicam expectativa positiva.
O índice apontou queda do otimismo do consumidor em relação ao emprego nos próximos seis meses. Também pioraram as expectativas em relação ao endividamento e à inflação.
De acordo com os dados da CNI, o índice de perspectiva do consumidor em relação ao desemprego recuou 8,5% em novembro ante outubro e atingiu 142,7 pontos.
Conforme a confederação, isso indica que aumentou o percentual dos consumidores que esperam um aumento do desemprego. "Não obstante, apesar da forte queda, o índice permanece bem acima da sua média histórica e do registrado durante todo o primeiro semestre de 2010", mostrou o relatório da pesquisa.
Dívidas – A expectativa dos brasileiros, de acordo com o Inec, também é de aumento do endividamento. "O percentual dos que afirmam estar mais endividados aumentou e, por isso, o índice recuou 4%, chegando a 109,5 pontos", registrou a pesquisa. O componente do Inec ligado à expectativa de aumento da inflação recuou 1,6% em relação a outubro, para 120,3 pontos.
Na prática, isso significa que aumentou a proporção dos consumidores que esperam inflação mais alta nos próximos meses. Para a CNI, no entanto, o resultado é positivo, uma vez que o índice segue em alta, "7% acima da sua média histórica, o que mostra a permanência do otimismo elevado em relação à inflação".
O Inec também revelou dados positivos em relação à expectativa dos consumidores quanto à própria renda. O componente apresentou alta de 2,9% em novembro ante outubro, para 116,7 pontos. Os indicadores de situação financeira (117,7 pontos) e compras de maior valor (115,8 pontos) seguiram estáveis em relação a outubro. A pesquisa, realizada pelo Ibope Inteligência, ouviu 2002 consumidores de todo o País entre os dias 11 e 16.