José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Como lidar com pessoas difíceis
Todos nós somos diferentes e cabe a cada um sua responsabilidade nos relacionamentos em geral.
Desde que nasce o homem luta pela sua sobrevivência junto aos seus pares. Isso é observado em todas as fases da existência do ser humano. Quem nunca presenciou duas crianças bem pequenas disputando um mesmo brinquedo? Ou então, adolescentes em busca de um espaço junto aos demais colegas? Quando chega a fase adulta, é o momento de enfrentar o acirrado mercado de trabalho e ao ingressar em uma organização, muitas vezes, o indivíduo depara-se com uma realidade totalmente antagônica às suas convicções.
Isso não significa que o profissional deva pular do barco na primeira onda que faz o cais balançar. Pelo contrário, além de demonstrar sua capacidade técnica é necessário usar as chamadas competências comportamentais que exigem de cada pessoa flexibilidade e determinação para se adaptar ao novo. Isso não significa que o colaborador terá que se anular, mas sim aprender a lidar com os seus pares, de forma que seja encontrado um denominador comum, um ponto de equilíbrio para o clima organizacional.
É preciso que as pessoas desenvolvam a capacidade de lidar com seus pares. As relações interpessoais fortalecem não apenas o desempenho do profissional, mas também traz à tona boas expectativas para que as equipes atinjam objetivos e superem metas que agreguem valor ao negócio. O profissional de Recursos Humanos deve investir em ações que fortaleçam o relacionamento interpessoal entre os profissionais. Isso, no entanto, deve ser feito em parceria com as lideranças. Como ninguém está livre de, a qualquer momento, enfrentar uma situação de conflito no ambiente de trabalho, este artigo é uma boa oportunidade para refletir se você e sua equipe estão lidando bem com as emoções. Boa leitura!
Hoje em dia é notório que as empresas quando buscam, constantemente, um novo profissional levam muito em consideração os aspectos comportamentais, já que essas competências trazem um grande diferencial para o negócio. Entre estes aspectos comportamentais tão solicitados pelo mercado, encontramos as relações interpessoais. O valor de um profissional que sabe se relacionar bem dentro e fora da empresa é muito alto, pois ele só tem valores a agregar à organização que apostou na sua contratação.
Existem bons recursos que permitem que as organizações avaliem como as relações interpessoais estão sendo utilizadas de forma positiva ou não no cotidiano dos colaboradores. No entanto, uma das melhores maneiras para se mensurar, medir a capacidade ou a habilidade em relações interpessoais de uma pessoa é o feedback que este profissional recebe. Através desse processo é possível identificar como uma pessoa se relaciona no dia a dia com a equipe, com fornecedores e os clientes. Costumo enfatizar que uma das ferramentas mais utilizadas no meio organizacional, atualmente, é o processo de avaliação 360º, que além de competências técnicas também possibilita a medição das competências comportamentais.
Trabalhar o relacionamento interpessoal é um convite para que os colaboradores saiam da "zona de conforto" e depende de cada colaborador, mas na grande maioria dos casos é sem dúvida um convite. Observo que estamos acostumados a trabalhar com as mesmas pessoas e nos mesmos ambientes. Normalmente, quando as equipes enfrentam alguma mudança no ambiente corporativo todos os envolvidos precisam sair da "zona de conforto" e são convidados a entrarem na chamada "zona de aprendizagem", que leva inevitavelmente ao desenvolvimento do indivíduo.
Infelizmente, observo que em muitas empresas ainda existem algumas pessoas que percebem os seus pares como sendo seus competidores diretos e ficam em estado de defesa. Isto, sem dúvida alguma, pode dificultar bastante o relacionamento interpessoal.
Quando algum colaborador não consegue conviver, ou melhor, traz consigo a incapacidade de lidar bem com pares pode gerar um grande mal-estar não apenas para ele, mas também entre os colaboradores desta equipe que acaba sendo prejudicada. E isso, acaba sendo percebido no dia a dia.
São várias as competências comportamentais valorizadas pelas organizações. Mas, entre elas podemos destacar algumas como, por exemplo, capacidade de ouvir, capacidade de se colocar no lugar do outro que se traduz na empatia e capacidade de interagir em diversos ambientes com públicos diferentes. Essas são as que costumo enfatizar.
Pela experiência que tenho como consultor, esse trabalho deve ser estimulado pelos profissionais de Recursos Humanos, pois pertencem a uma área estratégica para o negócio da organização. Porém, é importante destacarmos que sem o envolvimento das lideranças fica muito difícil deste trabalho ser conduzido e, conseqüentemente, ter êxito.
Como já foi comentado anteriormente, atualmente não é suficiente apenas focar em resultados, mas também na maneira de como se pretende atingi-los. Dificilmente um profissional que gera muitos resultados e conflitos terá uma vida longa em uma equipe, porque simplesmente ele perde espaço. A postura que uma liderança deve ter é atuar diretamente com este profissional, gerador de conflitos. Ele deverá recuperá-lo na parte comportamental e isso deve ser feito o mais breve possível, porque não se pode adiar ou as conseqüências podem se desastrosas tanto para a empresa quanto para todos da equipe.
Virar as costas para as relações interpessoais é um risco à existência de uma empresa. Pois, como citei anteriormente, os resultados vêem através da atuação, do comprometimento das pessoas. É muito difícil segurar um resultado sem que as relações interpessoais, dentro de uma empresa, estejam consolidadas e fortalecidas dia a dia.