José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Consumidor usa cheque especial e cartão de crédito para evitar inadimplência
O começo do ano costuma apresentar mais despesas para o consumidor.
Os consumidores estão optando por linhas de empréstimos mais caras e de fácil acesso para quitar dívidas acumuladas e evitar a inadimplência.
De acordo com levantamento da consultoria LCA, a média diária das concessões de crédito no cheque especial aumentou 3,9% entre dezembro de 2010 e maio deste ano (último dado disponível). Já a média de concessão do cartão de crédito aumentou 4% no período.
Por outro lado, crédito pessoal e financiamento de veículos - ambas linhas de empréstimos com juros mais baixos - registraram redução de 9,4% e 2,3% na média de concessões diárias, respectivamente.
Mais gastos
Com contas acumuladas no início do ano e o risco de ficar inadimplente, o cheque especial e o cartão de crédito se tornaram aternativas para muitos brasileiros. "O começo do ano costuma apresentar mais despesas para o consumidor. Compra de material escolar, impostos de casa e carro são várias contas que se acumulam nos primeiros meses”, diz o economista da LCA, Wemerson França.
O economista também ressalta que as famílias estão consumindo mais e que o aumento da inflação afetou parte da renda da população. “O poder de compra cresceu menos do que as pessoas esperavam, por causa do aumento dos preços”, aponta.
De acordo com ele, os consumidores optam por utilizar estes dois tipos de crédito devido à facilidade de acesso. “São formas de crédito que já estão disponíveis para o correntista. Eles não precisam passar pelo rigor da aprovação de um empréstimo nos bancos", afirma.
Com isso, o nível de inadimplência também aumentou. “A inadimplência acima de 90 dias passou de 5,7% em dezembro para 6,4% em junho”, diz França, citando dados do Banco Central.
Medidas do BC
O economista da LCA também aponta que as medidas do Banco Central para conter o avanço do crédito influenciaram na redução das concessões de empréstimo pessoal e financiamento de veículos.
“As linhas de financiamento em que o Banco Central mirou no final do ano passado e no início deste ano, para reduzir o número de empréstimos, estão mostrando arrefecimento”, aponta.
média diária daflacionada e dessazonalizada