José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br
Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br
Copom não surpreende e corta Selic em 50 pontos-base, para 11% ao ano
A redução da taxa básica de juro é parte de uma estratégia adotada pelo governo para proteger a economia doméstica da crise financeira internacional.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu a Selic em 50 pontos-base, para 11% ao ano, em linha com o consenso de mercado. Este foi o terceiro ajuste para baixo na taxa básica de juro brasileira praticado no governo da presidente Dilma Rousseff. Com os cortes de 50 pontos-base em cada uma das reuniões anteriores da autarquia, a Selic já caiu 150 pontos-base desde agosto.
A redução da taxa básica de juro é parte de uma estratégia adotada pelo governo para proteger a economia doméstica da crise financeira internacional. Por aqui, os dados recentes já apontam para a redução no ritmo de crescimento de empregos formais, para uma leve queda no varejo e a continuidade da estagnação no setor industrial. Com a Selic menor, entretanto, diminui o custo do crédito e o crescimento econômico local ganha fôlego.
Inflação mais branda impulsiona o corte
Com a inflação mais moderada, cresceu o espaço para a redução da taxa básica de juros. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial para a inflação, ficou em 6,49% na última medição do Boletim Focus. Desta forma, o índice deve terminar o ano dentro da meta, entre 4,5% e 6,5% ao ano.
A alta dos preços poderia ser uma barreira para o corte da Selic, já que os juros baixos elevam o crédito e impulsionam a circulação do dinheiro. A desvalorização do real frente ao dólar, que impacta os preços das commodities, reforça o poder limitado da inflação no último mês, balizando a queda da taxa de juros.
Confira o comunicado oficial: | |
"Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11,00% a.a., sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012". |