José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Criação de valor empresarial
É comum encontrarmos grandes empresas (as de pequeno porte são piores ainda), sendo administradas por profissionais com pouco ou nenhum conhecimento sobre finanças.
Conheço diversos modelos criados para medir a estrutura de ganho de capital, mas os próprios balanços apresentados pelas empresas contemplam variáveis que numa visão numérica até parecem serem reais e verdadeiros, mas no mérito da questão, nem sempre uma empresa com lucro real e de grande monta, necessariamente consolida a sua liquidez e a manutenção de sua existência no mundo dos negócios.
Com esta ênfase, faço as minhas considerações sobre o cenário atualmente vivido pelas nossas empresas, sempre com o olhar fixo e temporal, tendo em vista um acompanhamento mais gerencial da saúde das empresas.
Os modelos utilizados pelas instituições financeiras, nas suas análises, são antigos e não amparados por indicadores seguros e confiáveis, e mesmo com toda essa defasagem os limites de crédito são atribuídos, muitas das vezes, somente pelo lucro que essas empresas/clientes têm obtido, mas não em função da análise do longo prazo e dos mercados que essas empresas pretendem alcançar.
O tema "criação de valor empresarial" deve ser analisado levando-se em consideração um conjunto de variáveis, todos sob o enfoque dos modelos já operados pelas corporações que já contabilizam nos seus balanços um crescimento sustentável e baseado em indicadores transparentes e de fácil interpretação.
Acredito que um dos pontos mais importantes a ser analisado, sobre as possíveis razões para tão poucas empresas brasileiras de capital aberto criarem valor é exatamente o perfil de gestão adotado pelas empresas. É comum encontrarmos grandes empresas (as de pequeno porte são piores ainda), sendo administradas por profissionais com pouco ou nenhum conhecimento sobre finanças.
Outro ponto a ser destacado se refere ao planejamento empresarial, pois é comum a prática de um conjunto de ações e metas sempre com a visão de curto prazo, sem que a empresa vá um pouco mais além, adotando uma postura mais de longo prazo, sobretudo com relação aos seus investimentos.
Destaca-se, por fim, a falta de transparência e lealdade das empresas para com os seus sócios e/ou acionistas, sendo talvez o ponto crucial na perda de sua credibilidade no mundo dos negócios, e com isso, não conseguem sobreviver por muito tempo nessa dinamicidade estabelecida pelos mercados atuais e, principalmente, no avanço crescente de empresas voltadas à realização de auditorias ou mesmo pela própria fiscalização dos governos.