José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br
Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br
Três em cada 10 empresas no Brasil foram vítimas de crimes digitais
E consequências para quem deixa de cuidar de seus interesses corporativos, de fato, não costumam faltar.
Os crimes digitais têm atingido cada vez mais empresas brasileiras. Para se ter uma ideia, em 2011, mais de um terço (32%) das empresas relataram ter sido vítimas desta prática. A informação faz parte da 6ª Pesquisa Global sobre Crimes Econômicos – 2011, da PwC, que revela que o crime, apesar de comum, ainda não superou o roubo de ativos, que afetou no último ano 68% das organizações.
Divulgado nesta sexta-feira (24), o levantamento apontou ainda que os ataques no País já são tantos, que superam até a média mundial, que atualmente é de 23%.
Ameaça à vista
Um dado mais alarmante ainda é revelado pela pesquisa: o de que a maioria das empresas não está nem um pouco preparada para se proteger dessas ameaças virtuais.
Ao que parece, 51% dos ouvidos no Brasil informaram que os CEOs e a diretoria de suas empresas ainda não adotaram processos de verificação de ameaças de crimes digitais ou, então, que os adotaram de modo não formal, apenas para fins específicos (40% no mundo).
Além disso, constatou-se que a maioria dos respondentes não possui um plano de resposta para crises cibernéticas em vigor. “Das empresas brasileiras, 37% não promoveram qualquer tipo de treinamento em segurança digital nos últimos 12 meses”, informa a pesquisa.
Consequências
E consequências para quem deixa de cuidar de seus interesses corporativos, de fato, não costumam faltar. A abordagem relativa ao problema, por exemplo, costuma ser custosa e atinge níveis preocupantes.
Segundo o levantamento, 8% das empresas afetadas no Brasil sofreram perdas superiores a US$ 5 milhões e 5% registraram prejuízos de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão. O problema, no entanto, é que nem mesmo tais perdas têm servido de lição para muitas delas. "A maioria dos respondentes (63%) consideram que o dano à reputação de uma organização e não o prejuízo financeiro (48%) é a maior preocupação em um ataque", explica o levantamento.