José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Juros do cheque recuam 56%
Os dados refletem a determinação do governo para que os bancos públicos cortassem o custo de crédito, medida seguida pelas instituições privadas.
A taxa de juros anual do cheque especial caiu de 0,16% a 56,12% no período de 30 de março a 30 de abril. É o que mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada ontem. Os dados refletem a determinação do governo para que os bancos públicos cortassem o custo de crédito, medida seguida pelas instituições privadas.
A queda foi generalizada e não se restringiu ao cheque especial. Outras operações de crédito, como o empréstimo pessoal, também tiveram redução. "Por conta da forte competição que se iniciou com o anúncio de redução de juros pelos bancos públicos, houve quedas de juros nas operações de crédito nas principais instituições financeiras", afirmou a Anefac, em nota distribuída à imprensa.
A pesquisa toma como base as taxas médias cobradas em cada modalidade de crédito por seis instituições: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC. No item empréstimo pessoal, a maior redução de juros foi promovida pela Caixa, que cortou a taxa em 18,62% — de 31,68% para 25,78% ao ano. Entre os bancos privados, segundo a Anefac, o maior corte foi do Itaú, passando de 62,15% para 55,91% ao ano — uma redução de 10,04%.
A Caixa também lidera a redução no cheque especial. Os juros baixaram de 151,54% para 66,50% ao ano — queda de 56,12%. Entre os bancos pesquisados, o Santander foi o único que aumentou os juros dessa modalidade de crédito, saltando de 224,62% para 225,68% ao ano (uma alta de 0,47%).
Nas operações para empresas, os seis bancos promoveram cortes para a linha de capital de giro. As maiores reduções ocorreram na Caixa (de 23,43% para 13,62% ao ano) e no HSBC (de 34,65% para 20,13%).