José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Home office ainda é tabu para empresas brasileiras
Levantamento da Remunerar aponta que apesar de ser um forte elemento de motivação, 38% das empresas não têm a intenção de implementar o trabalho remoto
Recentemente o Yahoo protagonizou polêmica no mundo corporativo ao eliminar o home office de suas práticas em gestão de pessoas.
Houve quem defendesse a empresa, uma vez que a relação entre eficiência e produtividade poderia estar fora de controle no caso da companhia encabeçada por Marissa Mayer. No entanto, a maior parte dos comentários sobre o assunto julgou o movimento como um retrocesso.
Aqui, no Brasil, a prática ainda está em processo de popularização, com alguma resistência. Segundo levantamento da Remunerar, consultoria de remuneração, 38% das empresas afirmam não ter a intenção de implementar este modelo de trabalho.
Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente remoto.
Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar, afirma que as empresas locais ainda estão amarradas em conceitos que transcendem os números. “A cultura do controle do funcionário não tem ajudado as empresas a gerir seus times de um jeito moderno”, afirma.
Eficiência e produtividade
O levantamento da Remunerar traz dados de 415 empresas de diferentes portes, que agregam uma visão sobre como as empresas paulistas – capital e interior – tem praticado o home office.
Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47% dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.