Rua da Pátria, 569 Jaquirana/RS

  • (54) 3253-1096
  • (54) 99974-3340

José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br

Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br

Não quero ser líder

Por que negar um cargo de liderança? Esse é o questionamento que muitas pessoas devem fazer ao saber que um colega recusou o convite para ocupar o cargo de líder.

Por que negar um cargo de liderança? Esse é o questionamento que muitas pessoas devem fazer ao saber que um colega recusou o convite para ocupar o cargo de líder. Para entender esse comportamento é preciso ponderar algumas considerações.

Todos temos perfis individuais que facilitam a atuação em determinadas carreiras, funções e cargos. Contudo, há uma questão que sempre surge quando nos referimos a cargos de liderança: as pessoas nascem líderes ou podem ser capacitadas para exercer a função? Na minha experiência, ambas as respostas são corretas. Assim, como há pessoas que não nasceram ou não desejam exercer cargos de liderança.

No caso das pessoas que já nascem com essa característica é mais fácil identificar. Todos devem lembrar de colegas da época de criança que naturalmente conduziam as brincadeiras, orientando papéis, dividindo os grupos, acalmando e acolhendo um colega quando se machucava. Assim como, provavelmente, conhecemos alguém que se tornou um excelente líder após assumir um cargo e buscou pelo seu desenvolvimento. Ou seja, qualquer pessoa pode se tornar um líder.

Nesse cenário, outro questionamento que pode ocorrer e, é ainda mais intenso, é por que recusar um cargo desejado pela maioria dos colegas de trabalhos? Para isso, é necessário compreender o interesse das pessoas, o que elas querem, se sentem confortáveis como gestoras de outras pessoas, negócios, áreas etc. Esta análise não é um exercício simples.

São diversos os motivos que levam ao não como resposta. Pode ser que o cargo exija mudanças que alterem a rotina da pessoa e ela não esteja disposta a esse movimento, como por exemplo: mudanças de cidade, ficar longe da família etc. Há situações em que o candidato não se sente confiante com as responsabilidades do cargo, como: definir e cobrar metas, acompanhar desempenho de colegas e dar feedback. Há profissionais que preferem desenvolver trabalhos técnicos, que não exijam gerenciar pessoas. Independente do motivo, o importante é saber respeitar a decisão de cada um.

A recusa ao cargo não pode ser um problema para a organização. Pois, quando um funcionário recusa a oferta de um cargo pode ser que empresa não tenha processos que facilitem identificar essas situações. Porém, é fundamental ter maturidade para compreender que determinados profissionais não contemplam em seu plano de carreira assumir cargos de liderança.

Nesse sentido, algumas análises se fazem importantes nesse momento, como por exemplo identificar os motivos que levaram a essa resposta. Muitas vezes, as pessoas desejam ser reconhecidas e ter ganhos financeiros melhores, o que não significa que a saída é promover a pessoa a uma função que ela não se enquadrará. Ter um líder despreparado é tão ruim como ter um líder que não queria estar nessa posição.

Devemos sempre lembrar que o líder é o elo entre os objetivos e metas das empresas, entre as necessidades e desejos dos colaboradores. O papel do líder é central nessa relação. Então, quando temos pessoas certas que ocupam essa função, o desempenho e o ambiente de trabalho é muito mais produtivo e saudável, além de trazer ganhos para toda a organização.