José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Habilidades valem mais do que diploma no trabalho pós-pandemia?
As soft skills são consideradas pelos departamentos de recursos humanos das empresas diferenciais importantes para a seleção de colaboradores.
Não é de hoje que as soft skills estão em alta no mercado de trabalho. Diferente das hard skills, focadas na capacidade técnica dos profissionais, as soft skills estão relacionadas às habilidades comportamentais, como inteligência emocional, empatia, comunicação e liderança, por exemplo. Essa é uma lista em constante evolução e que cresce de tempos em tempos. Segundo o Fórum Econômico Mundial, estima-se que até 2030, cerca de 1 bilhão de pessoas precisarão ser treinadas em novas habilidades que ainda estão sendo desenvolvidas.
Mas será que as soft skills valem mais do que um diploma no trabalho pós-pandemia? Essa é uma pergunta difícil de responder. Vamos aos fatos. Hoje, as soft skills são consideradas pelos departamentos de recursos humanos das empresas diferenciais importantes para a seleção de colaboradores. Já se sabe que essas habilidades impactam diretamente na performance dos profissionais em determinados cargos.
Por exemplo, um vendedor capaz de demonstrar empatia, boa comunicação, flexibilidade e proatividade provavelmente terá melhores resultados se comparado a um profissional no mesmo posto que não tenha estas soft skills. Observe que essas qualidades não estão necessariamente atreladas à formação profissional ou a experiências anteriores.
Soft skills nos moldam como seres humanos. São habilidades colocadas à prova todos os dias no ambiente de trabalho. Elas aparecem ao darmos bom dia para as pessoas ou agradecermos uma gentileza recebida. Estão na forma como lidamos com a pressão em momentos de dificuldade, como reconhecemos as qualidades dos outros profissionais que integram a nossa equipe ou conseguimos extrair o melhor de cada um.
A pandemia trouxe novos desafios e acelerou processos que surgiram com as necessidades do “novo normal”. Aquilo que era apenas feito fisicamente passou para o mundo digital, novas habilidades foram descobertas e agora tornaram-se pré-requisitos nas entrevistas de emprego.
Os recrutadores ainda buscam profissionais com boa formação acadêmica e experiências relevantes em outras empresas, mas esta lista de desejos ganhou novos itens inerentes às soft skills, como a capacidade de interagir e colaborar de forma produtiva com os demais funcionários da equipe.
Ignorar essa realidade é fechar os olhos para algo que já é mais do que uma simples tendência. A valorização das soft skills é um caminho sem volta, que deve ocupar cada vez mais espaço nas organizações. E se você não se sente preparado para esse novo desafio, saiba que é possível desenvolver essas habilidades finas.
Ao contrário das hard skills, que exigem muitas vezes longas formações acadêmicas, as soft skills podem ser aprimoradas através de cursos e experiências pessoais. Lembre-se que como seres humanos nós não somos imutáveis. Pelo contrário, estamos em permanente transformação, aprendendo e evoluindo todos os dias.