José Claudio Pereira
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Maioria dos líderes acha difícil trabalhar com a Geração Z
Nascida na era digital, a Geração Z chegou ao mundo junto com as mais diversas expansões tecnológicas, cresceram acompanhando a popularização da internet e já estão bem acostumadas a realizar atividades simultâneas, ter múltiplas interações e urgência para algumas atividades.
Nascida na era digital, a Geração Z chegou ao mundo junto com as mais diversas expansões tecnológicas, cresceram acompanhando a popularização da internet e já estão bem acostumadas a realizar atividades simultâneas, ter múltiplas interações e urgência para algumas atividades.
Na área profissional, porém, esses jovens podem enfrentar alguns desafios, é o que revela uma pesquisa realizada pela plataforma de currículos Resume Builder, nos Estados Unidos, que apontou que 74% dos líderes americanos acreditam que a geração Z é a mais difícil de se trabalhar.
O estudo, que entrevistou cerca de mil líderes empresariais, aponta os três principais motivos que desencadeiam a dificuldade de se trabalhar com esses jovens: falta de habilidade tecnológica (39%), falta de motivação (37%) e o desengajamento (37%).
“Essa geração geralmente busca um ambiente de trabalho que traga inovação, conexão com o seu propósito, um ambiente agradável, sem cobranças excessivas e que atinja uma causa social”, comenta Manoel Messias, especialista em liderança, da Call Daniel.
Segundo Messias, a maior parte dos gestores são resistentes a essas mudanças trazidas pelos jovens e, muitas vezes, preferem a crítica ou até mesmo a demissão, o que resulta em uma curta permanência desses profissionais nas empresas que eles passam.
“A autoconfiança desses jovens, na qual muitos acreditam que vão crescer rapidamente no ambiente profissional, acaba gerando uma dificuldade de comunicação, fazendo com que os líderes evitem feedbacks e permaneçam rotulando esses jovens”, explica.
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Falta capacitação
A ausência de capacitação em liderança para lidar com esse perfil de profissional é um dos principais entraves para o sucesso desses gestores com as novas gerações. “Cada colaborador requer um perfil de liderança, mas muitas vezes esses executivos não estão preparados para lidar com profissionais mais jovens, pois desconhecem as habilidades necessárias para liderá-los”, comenta o especialista em liderança.
Para ele, o estilo de liderança deve estar adequado ao nível de desenvolvimento de cada profissional, mas é sempre importante ter ações que promovam a confiança e o respeito mútuos, o que vai resultar no aumento da motivação e da autoconfiança por parte desses jovens. “O líder deve escutar as preocupações desses profissionais, encorajá-los, solicitar opiniões, explicar o porquê das tarefas e reconhecê-los”, sinaliza.
Um dos papéis mais importantes para os gestores é a contribuição na formação dos seus liderados, auxiliando com orientações e treinamentos que resultem no aperfeiçoamento do comportamento. “Uma ótima solução para essa questão é proporcionar a esses profissionais treinamentos voltados à produtividade e à autoliderança, que se traduzem em soluções práticas para o ambiente de trabalho”, comenta Manoel.
Outras variáveis podem afetar no relacionamento com esses profissionais, mas a personalização, o tratamento respeitoso e individualizado são fatores muito importantes para que esses jovens da geração Z possam entregar o seu melhor às empresas, tendo em vista que, em breve, eles serão a maioria entre os profissionais no mercado de trabalho.