José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Confissões de um funcionário nada capacitado
Do Jargão à ação: A transformação através da capacitação
Acordei cedo, coloquei minha melhor camisa, alisei a gravata e me olhei no espelho. Era meu primeiro dia em um novo trabalho. Com meu diploma de “Experto em Jargões Corporativos” e uma pilha de livros de autoajuda que nunca cheguei a ler, me senti pronto para enfrentar os desafios do mundo corporativo moderno.
Chegando na empresa, fui saudado com sorrisos e apresentações formais. Todos pareciam falar uma língua um tanto alienígena para mim. “Aceleração de inovação”, “sinergia operacional”, “otimização de interface”… Uau! Quem diria que aqueles termos complicados do meu dicionário de jargões seriam realmente usados no dia a dia?
E lá estava eu, esperando que minha formação em “falar bonito” fosse o suficiente para me destacar. Na minha primeira reunião, soltei um pomposo “Devemos alavancar nossas competências core para maximizar o ROI”. Todos assentiram, alguns até me lançaram olhares de admiração. “Ahh, esse sabe das coisas”, pensei que estavam pensando. Porém, em meio à minha autocongratulação interna, uma voz se levantou: “E como você sugere que façamos isso?”
Pânico. Meu vocabulário estava cheio, mas minha experiência… bem, digamos que estava em modo dieta, um pouco esvaziada. Nesse momento, percebi que, enquanto os jargões podem impressionar, o que realmente importa é o know-how.
Ao longo das semanas, fui percebendo que não era o único nesse barco. Muitos de nós, armados com termos chiques e palavras em inglês, estávamos navegando no oceano da ineficiência. E se todos falassem menos e aprendessem mais?
Eis que surge a solução mágica: capacitação. Em um mundo onde a mudança é a única constante, ficar parado é o mesmo que andar para trás. As empresas, em sua busca incessante por lucro, muitas vezes esquecem que o maior ativo não está nas máquinas ou na tecnologia, mas nas pessoas.
Rapidamente, o que se tornou evidente foi que capacitar não é apenas enviar os funcionários para um seminário anual ou dar-lhes acesso a um curso online genérico. É um investimento contínuo, adaptado às necessidades do negócio e do indivíduo.
E para os céticos que pensam que é apenas um gasto desnecessário, permitam-me iluminar seus corações corporativos: capacitar é o caminho mais curto para o lucro! Um funcionário bem treinado não apenas trabalha melhor, como se sente valorizado, está mais engajado e, adivinhe, tende a permanecer na empresa por mais tempo.
Então, caros líderes, em nome de todos os “expertos em jargões” espalhados por aí, faço um apelo: invistam em nós! E não apenas com termos chiques e reuniões intermináveis, mas com conhecimento real e aplicável.
Enquanto isso, continuarei aqui, tentando não parecer tão perdido na próxima reunião e sonhando com o dia em que serei mais do que apenas um aficionado por jargões.