José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Estudo destaca o Brasil como líder em oferta de benefícios na América Latina
Salário é o fator que menos impacta o engajamento dos colaboradores, revela Pesquisa da Betterfly.
Uma pesquisa conduzida pela Betterfly, em parceria com a Critéria, revelou um dado surpreendente: o salário é o fator que menos influencia o engajamento dos colaboradores nas empresas. Embora o aspecto financeiro tenha sua relevância, os dados mostram que fatores como clima organizacional, benefícios e propósito desempenham um papel mais significativo na motivação dos profissionais.
Roberta Ferreira, Diretora Global de Brand Experience da Betterfly, comenta: “O setor de Recursos Humanos enfrenta o desafio de não apenas atrair, mas também reter talentos. Entender o que realmente importa para engajar os colaboradores é fundamental para a criação de estratégias consistentes e eficazes.”
Clima e benefícios são cruciais para o engajamento
No Brasil, os principais fatores que impactam o engajamento no trabalho são o clima organizacional, com 24%, e os benefícios oferecidos, com 23%. Em seguida, aparecem o propósito da empresa (22%) e a cultura organizacional (18%). O bem-estar econômico, que inclui o salário, aparece em último lugar, com apenas 13%, destacando-se como um fator menos relevante para a motivação dos profissionais.
Brasil lidera oferta de benefícios na América Latina
O estudo Betterwork também revelou que o Brasil está à frente de outros países da América Latina na oferta de benefícios. Enquanto a média da região é de 76 pontos, o Brasil se destaca com 86 pontos. Os homens recebem uma pontuação média de 87, enquanto as mulheres ficam ligeiramente atrás, com 85.
Entre as gerações, os profissionais das gerações Y e Z atingem 89 pontos, enquanto a geração X e os baby boomers registram 82 pontos. A região Sudeste lidera no Brasil, com 91 pontos, seguida pelo Sul (89 pontos) e Centro-Oeste (86 pontos). Já o Nordeste marca 83 pontos.
Os benefícios mais comuns incluem proteção, como seguros de vida e planos de saúde (50%), desenvolvimento profissional (44%), flexibilidade para equilibrar vida pessoal e profissional (42%), reconhecimento por meio de prêmios e bonificações (38%), bem-estar físico (32%) e apoio à saúde mental (30%). Apenas 23% dos colaboradores afirmaram que sentem que sua remuneração é adequada.
Benefícios importantes e fatores que engajam
A pesquisa também indicou que existe uma diferença entre os benefícios considerados importantes e aqueles que efetivamente impulsionam o engajamento. Dos participantes, 26% gostariam de receber uma remuneração melhor, 19% priorizam benefícios ligados à proteção, 16% destacam a flexibilidade (sendo 18% mais importante para mulheres), 14% buscam incentivos para a saúde mental, 10% desejam reconhecimento no ambiente de trabalho, 9% querem estímulo para o desenvolvimento profissional e 6% priorizam benefícios relacionados à saúde física.
Roberta Ferreira explica que “é fundamental encontrar um equilíbrio entre esses fatores. Benefícios como segurança financeira, através de seguros, e flexibilidade são importantes para o envolvimento dos colaboradores. Porém, muitos ainda desejam receber um salário justo em relação às suas responsabilidades.”
Homens e mulheres valorizam benefícios de forma similar
A pesquisa também revelou que não há grandes diferenças na percepção de benefícios entre homens e mulheres. A maioria dos colaboradores, independentemente de gênero ou idade, valoriza aspectos como proteção, flexibilidade e apoio à saúde mental.
Essa pesquisa ressalta a importância de repensar as estratégias de engajamento nas empresas, focando não apenas no salário, mas em benefícios que realmente façam a diferença no dia a dia dos colaboradores. Ao criar um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar, o propósito e o equilíbrio, as empresas podem aumentar a satisfação e a produtividade de suas equipes, tornando-se mais competitivas no mercado.