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Auditor: gerenciar resultado contábil não é manipulação

Fonte: FinancialWeb
Profissionais acreditam que "earnings management" é, na verdade, uma ferramenta que pode ser usada Os auditores brasileiros toleram a prática de gerenciamento de resultado, mas entendem que os executivos precisam ter limites ao “adaptar” resultados contábeis. Capacitados para descobrir quando a companhia utiliza estratégias para conseguir melhores resultados numéricos, os auditores independentes, em sua maioria, já conhecem o termo em inglês “earning management”, que deu origem à polêmica prática no mundo corporativo. Baixe a íntegra do artigo “Earning Management: uma visão da auditoria independente" As conclusões são do artigo “Earning Management: uma visão da auditoria independente“ elaborado pelo diretor de graduação e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Trevisan Escola de Negócios, Sérgio Souza. O trabalho foi premiado como o quinto melhor entre outros 99 apresentados no 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade, em Gramado (RS). A motivação para analisar mais profundamente o que os auditores pensam sobre o tema surgiu de uma divergência de concepções no pensamento acadêmico. De acordo com a definição de Cosenza e Grateron, em obra de 2003, Earnings Management significa “gerenciar os resultados dentro dos limites que prescreve a legislação contábil, utilizando as normas contábeis de modo a produzir efeitos direcionados a objetivos definidos”. Já Mulford e Comiskey, em 1996, explicaram que o conceito significava “a manipulação ativa de resultados contábeis com o objetivo de criar uma impressão alterada da performance da companhia ou negócio em questão”. Ao perguntar aos auditores qual das definições era a correta, 70% dos participantes afirmou que a prática está dentro da legislação enquanto outros 38% disseram que earning management é maniulação. “O que os auditores acham é que o gerenciamento de resultado não é manipulação ativa, é, sim, uma ferramenta que pode ser usada, desde que respeitada os limites da legislação vigente”, explica Souza, o autor do trabalho. Entre as práticas toleradas estão retardar vendas, acelerar gastos associados à propaganda e publicidade, treinamento e P&D, aumentar despesas de natureza não operacional e aumentar Receitas não operacionais pela venda de ativos.