José Claudio Pereira
CRC/RS 46.949
joseclaudio@dataconcontabilidade.cnt.br
Eonara do Carmo Cesa Paim
CRC/RS 56.102
narapaim@dataconcontabilidade.cnt.br
Contabilistas discutem mudanças na profissão
"O contabilista conhece a rotina das companhias e tem acesso a todas as informações que são vitais para o bom andamento dos negócios.
Com a automatização dos processos e controles fiscais, os contabilistas passarão a ter um papel estratégico nas organizações, auxiliando de forma mais intensa os tomadores de decisão. Essa é a opinião de Sergio Prado de Mello, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP). A entidade organiza entre os dias 19 e 21 de agosto a 21ª Convenção dos Contabilistas do Estado de São Paulo, evento que discutirá o futuro da profissão.
De acordo com Mello, a área é uma das que mais abre vagas de trabalho, embora o nível de exigência do mercado tenha aumentado muito, especialmente após a crise. "O contabilista conhece a rotina das companhias e tem acesso a todas as informações que são vitais para o bom andamento dos negócios. Os gestores precisam, portanto, de profissionais que possam fornecer elementos e relatórios que os ajude a atravessar os momentos de turbulência e a encontrar melhores alternativas para a organização", afirma.
Além disso, os profissionais de ciências contábeis precisam correr para atualizar seus currículos até 2010, quando será iniciado o processo de convergência das 26 normas internacionais, editadas pela IFAC (Federação Internacional de Contadores). A Lei 11.638 prevê a unificação dos padrões contábeis para estabelecer critérios de comparação entre empresas internacionais.
Mello destaca que o profissional contábil pode escolher entre mais de 30 especializações como auditoria, perícia, consultoria, investigação de fraudes contábeis, controladoria, análise financeira, planejamento tributário entre outras, o que amplia bastante o leque de atuação. "Estamos vendo agora uma forte procura por contabilistas no terceiro setor e na área ambiental", diz. Dos 406 mil profissionais registrados na área, segundo ele, apenas 1% atua no segmento socioambiental.