José Claudio Pereira
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Eonara do Carmo Cesa Paim
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Novo boleto eletrônico chegará ao mercado no próximo dia 19
Bancos querem cortar 50% dos boletos impressos; procura pelo serviço é alta
A partir do próximo dia 19, os bancos colocam à disposição dos clientes o DDA (Débito Direto Autorizado). O serviço, uma espécie de boleto eletrônico, visa diminuir a impressão de boletos bancários.
O DDA é opcional e deve ser solicitado pelo cliente. A adesão não implica em débito automático das contas.
Cada banco definirá em quais canais disponibilizará os boletos eletrônicos, entre eles a internet, o caixa eletrônico e o telefone. As tarifas serão definidas pelas instituições.
Num primeiro momento o sistema será aplicado para o pagamento de mensalidades escolares, planos de saúde, condomínios e financiamentos de imóveis e de veículos.
A meta da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é reduzir a emissão de boletos impressos pela metade nos próximos anos. De acordo com a entidade, de janeiro a setembro foram emitidos 2,4 bilhões de unidades.
Integrante da comissão da Febraban responsável pela implementação do novo sistema, Marcelo Pereira avaliou que o cadastramento de clientes interessados em aderir ao serviço, iniciado em junho, está acima das expectativas. Ele, no entanto, não revelou o número de adesões até agora.
O crescente acesso dos clientes a serviços bancários via internet ou nos caixas eletrônicos justifica a expectativa positiva em relação ao DDA, disse Pereira. Dados da Febraban indicam que, desde 2000, o uso da internet para a operação de serviços bancários cresceu 292%. Já o acesso a caixas eletrônicos para operações semelhantes teve incremento de 57% em igual período.
Cerca de 70 bancos, que detêm mais de 99,9% da cobrança emitida no país, já aderiram ao DDA para participar diretamente do sistema.
O valor dos investimentos do setor financeiro para a implementação do serviço não foi consolidado. Mas só a contratação da empresa de tecnologia Tivit custou R$ 20 milhões. Nos próximos nove anos, mais R$ 77 milhões serão gastos.
No ano passado, o setor bancário aportou R$ 16,2 bilhões em tecnologia.